[NerdTop] 15 Encerramentos IMPULÁVEIS de Animes

[Vitrine: Reprodução/Studio Pierrot/Sunrise/Studio Bones/Madhouse]

O que te faz não pular um encerramento?

Creio que a resposta geral para essa pergunta seja “ele ser memorável”. E o que faz um encerramento ser memorável? A resposta para esta pergunta varia de pessoa a pessoa. As sequências animadas, a canção tema, o clima do clipe, o momento da história em que está presente...são várias as razões para que um encerramento faça parte do imaginário de alguém.

Pensando nisso, hoje trago a vocês 15 Encerramentos IMPULÁVEIS de Animes. Em cada item desta lista, apresentarei as razões que fazem esses encerramentos serem relevantes para mim, além de uma reflexão sobre o que cada um deseja passar.

Para deixar as coisas mais interessantes, a lista será composta apenas de um título por série (posso ter uma de Dragon Ball Z e uma de Dragon Ball GT, mas não duas do Z). E ao final de cada item, comentarei outras opções presentes no anime das quais gosto e outras de que vocês JAMAIS verão em uma sequência deste texto.

Enfim, vamos ao que interessa...


15º) Shizuku (Great Teacher Onizuka)

Onizuka sem seus alunos, sou eu assim sem você.
[Imagem 1: Reprodução/Tohru Fujisawa/Studio Pierrot]

Conforme vocês observarão ao longo desta lista, eu tenho um fraco por encerramentos melancólicos. Veja bem, não é que eu não goste de encerramentos mais felizes, mas é uma questão de preferência minha mesmo! Da mesma forma que uma abertura mais empolgada tem grandes chances de me conquistar, o mesmo pode acontecer no caso de um encerramento com um tom mais triste.

Shizuku é um exemplo que segue justamente essa premissa. O segundo encerramento de Great Teacher Onizuka (certamente o anime menos conhecido dos presentes) é o meu favorito da série justamente por conta do tom. Durante o clipe, acompanhamos Eikichi Onizuka sozinho em uma sala de aula vazia enquanto relembra suas desventuras. Em comparação com as aberturas, a animação do encerramento é bem simplória. 90% do tempo é o protagonista sentado enquanto um flashback dos episódios anteriores vai rolando ao fundo.

O diferencial de Shizuku está justamente na canção tema. Quando acompanhada pela voz da cantora Miwako Okuda, a animação ganha muito mais peso. Acredito que a ideia deste encerramento seja mostrar o sentimento de Onizuka em uma sala de aula vazia. Como professor, ele se sente realizado quando está na companhia de seus alunos (estou certo, professores?). Sozinho em meio às carteiras, ele fica “curtindo o momento deprê” lembrando do que ele já passou com aqueles adolescentes problemáticos.

A canção até conta com alguns versos que vão de encontro com os conceitos da trama, mas acredito que a sua escolha foi justamente pela sua vibe. E bem, como disse logo no início, eu gosto de encerramento melancólicos. Então, por mim, está tudo bem.

Opções que Ficaram de Fora: sinceramente, não gosto de Last Piece (1º ENC) e nem de Cherished Memories (3º ENC).


14º) Wind (Naruto)

Amarelo é a cor da solidão.
[Imagem 2: Reprodução/Masashi Kishimoto/Studio Pierrot]

Órfão desde bebê e rejeitado pela Vila da Folha por conta da Raposa de Nove Caudas selada em seu corpo, Uzumaki Naruto teve uma infância bem difícil. A solidão vivenciada pelo protagonista é um tema bastante recorrente na história, especialmente no seu início. Wind, o primeiro encerramento do anime, trata exatamente sobre isso.

Visualmente, a estética do encerramento é muito criativa. Sob um filtro amarelo, o clipe apresenta várias imagens da infância do protagonista. Uma porta aberta sem ninguém, um balanço vazio, o pequeno Naruto afastado das demais crianças da Vila e logo depois correndo e desabando no chão sem ninguém por perto. A animação ganha cores e o ninja (agora com 12 anos) se vê na companhia de Sakura e Sasuke.

Enquanto a primeira parte ressalta a vida solitária do personagem em seus primeiros anos de vida, a segunda mostra que essa rotina de tristeza está prestes a mudar para sempre. Embora a letra da canção não tenha muita relação com a solidão (o tema dela é autoconhecimento), a interpretação do cantor Akeboshi transmite um vazio e um sofrimento que ajudam a legitimar a ideia que o clipe deseja passar.

O anime clássico de Naruto possui QUINZE encerramentos, sendo alguns deles desconhecidos para mim até a produção deste artigo quem manda pular fillers. Após conferir todos, posso afirmar com toda certeza que nenhum é tão icônico quanto Wind.

Opções que Ficaram de Fora: gosto bastante de Viva Rock (3º ENC). Em uma prateleira abaixo, ficam os decentes Lost Words (9º ENC) e Speed (10º ENC).

Quanto aos demais, confesso que nenhum me cativou. Quem sabe minha opinião não mude no futuro?


13°) Hyouri Ittai (Hunter x Hunter)

O melhor arco de Hunter x Hunter merece um encerramento a altura.
[Imagem 3: Reprodução/Yoshihiro Togashi/Madhouse]

Além do tom melancólico, outra particularidade que aprecio nos créditos finais é a de quando os primeiros acordes da canção de encerramento começam a rolar durante os últimos momentos do episódio. Na minha modesta opinião, quando um anime faz bom uso deste recurso, ele consegue amplificar a emoção que é passada nas últimas cenas do capítulo. Hyori Ittai, o quinto encerramento do remake de Hunter x Hunter, é um exemplo de emprego bem-sucedido deste artifício.

Presente no arco das Formigas Quimera, ele surge mais precisamente no ponto onde a trama começa a pegar fogo. A sua melodia se inicia misteriosa e vai crescendo até "estourar". Os ganchos dos episódios, que por si só já são incríveis, ficam ainda mais instigantes acompanhados pelo tema. Quando a dupla Yuzu assume os vocais, o ritmo empolgante da canção não deixa a “peteca cair”.

Hyori Ittai ainda faz uso de um clichê bem comum (mas efetivo) de créditos finais: apresentar os herois e vilões que estarão no centro do conflito. A melhor representação desta dicotomia acontece quando a animação faz um paralelo com a letra do tema (moedas de dois lados), transformando os personagens em peças de gungi, jogo de tabuleiro jogado por Cell Wannabe Meruem e Komogi.

O resultado é um encerramento bem empolgante, capaz de deixar qualquer espectador no hype pelo próximo episódio.

Opções que Ficaram de Fora: caso eu faça uma sequência deste texto no futuro, Hunting for Your Dream (2º ENC) tem grandes chances de estar na lista.

Não desgosto de Just Awake (1º ENC), REASON (3º ENC) e Nagareboshi KIRARI (4º ENC), mas também não vejo muita graça neles.

É válido lembrar que o sexto encerramento tem uma segunda versão de Hyori Ittai. Sinceramente, não tem o mesmo peso da versão que acompanhamos no arco das Formigas Quimera.


12°) Modern Crusaders (JoJo’s Bizarre Adventure: Golden Wind)

Gold Experience Requiem, o Stand mais ROUBADO de JoJo.
[Imagem 4: Reprodução/Hirohiko Araki/David Production]

Uma das principais assinaturas da versão animada de JoJo’s Bizarre Adventure é a presença de músicas e artistas não japoneses nos créditos finais. Desde a adaptação de Phantom Blood até a recente Stone Ocean, já tivemos canções vindas do rock progressivo do Yes, das garotas do The Bangles, da cantora Duffy e até mesmo de um projeto de música experimental alemã (como é o caso desta posição).

Golden Wind, a quinta parte da história, conta com um dos encerramentos que mais gosto em JoJo, Modern Crusaders. A ideia por trás da animação é bem simples: com a tela se movendo de baixo para cima, acompanhamos um pilar de uma espécie de templo que tem entalhado todos os Personas Stands que apareceram na trama. Quando um novo Stand é introduzido, o pilar é atualizado com a novidade da vez.

Uma coluna decorada com vários Stands é legal, mas a grande graça do clipe está em sua canção, cujo título nos remete quase que de imediato a Stardust Crusaders, o nome da 3ª parte de JoJo. Assim como o grupo de Giorno Giovanna, a letra fala sobre a união de guerreiros (Giorno e seus “Cruzados Modernos”) para enfrentar uma força opressora (Diavolo e seus associados). Cortesia do projeto Enigma, o tema em si já é emocionante e empolgante, ganha tons épicos com a introdução de trechos da maravilhosa O Foturna de Carl Orff.

Modern Crusaders pode ser simples em termos de animação, mas a sua música vale por cada segundo do clipe. Honestamente, adoro quando um encerramento me faz procurar a sua canção tema internet a fora!

Opções que Ficaram de Fora: sei que há muitos que preferem Freek'n You (1º ENC), mas confesso que nada neste encerramento me conquistou.


11º) Anna Ni Issho Datta No Ni (Mobile Suit Gundam Seed)

White Base 🤝 Archangel: explorar jovens civis tragados como força de trabalho.
[Imagem 5: Reprodução/Chiaki Morosawa/Sunrise]

Dois amigos se reencontram, agora de lados opostos. Explosões acontecem e um gigante de metal surge em meio a chamas. O que descrevi para vocês, meus caros leitores, são os momentos finais do primeiro episódio de Gundam Seed, algo que ficou marcado em minha memória. Certamente um dos fatores que contribuíram para isso são os primeiros acordes do tema de encerramento embalando esta sequência.

Drama é o melhor termo para definir Anna Ni Issho Datta No Ni, o primeiro encerramento de Seed. Cantada pela dupla See-Saw, a canção reforça a carga dramática e emotiva da trama, tanto durante o seu começo no fim do episódio quanto durante a animação dos créditos finais. A letra é um grande reflexo da situação entre Kira Yamato e Athrun Zala. Amigos de infância, os jovens agora se encontram em lados opostos do conflito. Nem palavras ou gentilezas serão capazes de evitar um confronto.

Os créditos finais de Seed seguem um mesmo padrão: mostrar todo o elenco presente naquela etapa da história. No caso de “Anna Ni Issho Datta No Ni”, temos Kira e os demais em meio a destroços de mobile suits (robôs) sob a luz da lua. Cansaço, sofrimento e desconforto são sentimentos visíveis entre os personagens em cena, reflexo da terrível situação em que todos foram tragados.

Um ótimo encerramento. E com música começando no fim do episódio, o que rende muitos pontos comigo.

Opções que Ficaram de Fora: Find the Way (3º ENC) brigou cabeça a cabeça com a minha escolha durante todo o planejamento do artigo. Embora ache a música linda e o tom bem esperançoso, acabei optando pelo tom dramático que me marcou desde a primeira vez.

Não sou fã de River (2º ENC) e como não assisti a versão HD Remaster da série, não posso opinar sobre Distance.


10º) Shougeki (Attack of Titan)

Um belo encerramento para acompanhar os últimos bons momentos da trama do anime.
[Imagem 6: Reprodução/Hajime Isayama/MAPPA]

Se as soluções de Hajime Isayama para concluir Attack of Titan são pra lá de questionáveis alguém aí disse pombo?, o mesmo não se pode dizer das aberturas e encerramentos do anime. Tanto o Wit Studio quanto o MAPPA fizeram trabalhos excelentes. No quesito encerramento, o auge aconteceu em Shougeki, o primeiro encerramento da última e interminável temporada da animação.

Com cenas de Falco, Gabi e Reiner em meio ao conflito apresentado no início da temporada, a canção usa os pássaros – também presentes na animação – como uma alegoria com a situação dos Eldianos refugiados em Marley. Assim como as aves, essas pessoas desejam ser livres para deixar a sua marca no mundo, mas qualquer tentativa de um “vôo mais alto” fará com que as suas asas sejam queimadas até serem reduzidas a cinzas.

O momento do refrão é bem emblemático. Vários pássaros se transformam em feixes de luzes que se movimentam pela tela, agrupam-se e formam uma enorme árvore de luz (na trama, este é o local onde o caminho de todos os súditos de Ymir e dos Titãs se cruzam). Além de uma cena bem bonita, se partirmos da analogia dos pássaros estarem representando pessoas, a mensagem passada por esta sequência é bem espiritualista (e triste por sinal).

Variando entre a esperança e o remorso, Shougeki é um encerramento agridoce, embalado pela belíssima voz de Yuko Ando.

Opções que Ficaram de Fora: até os 45 minutos do segundo tempo, a minha escolha era Akatsuki No Requiem (1º ENC da 3ª temporada). Mas o drama dos Eldianos de Marley acabou superando o conto da personagem Historia/Christa em minha preferência.

Great Escape (2º ENC da 1ª temporada), Utsukushiki Zankoku Na Sekai (1º ENC da 1ª temporada) e Akuma no Ko (2º ENC da 4ª temporada) são bons encerramentos, mas inferiores aos citados anteriormente.


9°) Blue Dream (Os Cavaleiros do Zodíaco/Saint Seiya)

"Hyoga, o Shiryu não está aparecendo na foto. Tira a cabeça dai."
[Imagem 7: Reprodução/Masami Kurumada/Toei Animation]

A grande maioria dos fãs de “Cavaleiros” adora Blue Forever. E bem, o fato dele estar presente em SETENTA E TRÊS episódios da série clássica o transformou no encerramento mais memorável do anime. Mas aqui nadarei contra a corrente pois acho Blue Dream muito melhor.

Para um amante de encerramentos melancólicos, o segundo encerramento de Saint Seiya é um prato cheio, meus caros leitores. Ele coloca em ação alguns clichês usados pela indústria de animação japonesa como “o herói solitário fazendo pose com os cabelos ao vento”, “os heróis caminhando sozinhos sem destino” e claro, “os heróis fazendo pose enquanto encaram uma paisagem”. Além de todas as cenas serem noturnas, a animação tem um tom mais azulado que ajuda demais no clima.

Interpretada pelo grande Hironobu Kageyama, a canção que acompanha este encerramento tem muita sinergia com as cenas. Ela passa um sentimento de solidão nos momentos que está lenta, e quando ela explode é extremamente emocionante e tocante. Gosto demais quando as faces dos cinco de bronze surgem para acompanhar o refrão. Aliás, neste momento a letra da música diz “Jovens, todos vocês são viajantes dos sonhos”. Isso tem muita energia de “Cavaleiros”.

A versão em português do tema é cantada por Tchê Leal. A adaptação não é muito parecida com a japonesa, mas eu gosto dela ao contrário da adaptação de Soldier Dream, especialmente de seu refrão.

Opções que Ficaram de Fora: apesar da minha preferência pelo segundo encerramento, gosto muito de Blue Forever (tanto da versão original quanto da adaptação em português).

Quanto aos encerramentos da Saga de Hades, Kimi To Onaji Aozora (Santuário) possui uma animação lindíssima, mas a canção não me pegou. Takusu Mono He (Inferno) e Kami No En - Del Regno (Campos Elíseos) são temas bem bonitos, mas a animação de ambas consiste apenas nos melhores momentos do episódio.


8°) Alumina (Death Note)

"Meu deus todo poderoso, como eu sou inteligente, como eu sou genial! Sim, mais do que qualquer outra coisa na terra. A lua, as estrelas, o sol brilhante são insignificantes diante de mim."
[Imagem 8: Reprodução/Tsugumi Ohba/Takeshi Obata/Madhouse]

Um dos animes/mangás dos meus anos de faculdade isso entrega idade, Death Note foi um verdadeiro fenômeno. Sua trama policial e com elementos sobrenaturais instigou a comunidade nerd durante o seu lançamento. Além de chamar atenção pela qualidade da obra, a versão animada da Madhouse entregou um dos encerramentos mais celebrados entre os fãs de animação japonesa, Alumina.

O primeiro encerramento do anime é um dos mais bonitos de sua época (vide a sequência da maçã sendo lançada para cima). O clipe brinca com o ego e o alter-ego do protagonista. A todo momento, ele alterna a cor dos olhos e do cabelo de Light para vermelho. A ideia é mostrar que por trás da imagem de estudante colegial aparentemente inofensivo se esconde o perigoso assassino em série.

Figurinha carimbada em eventos e rádios de animes dos anos 2000, a canção tema foi interpretada pela banda Nightmare. Em comparação com a canção de abertura (também feita pela banda), Alumina é uma balada mais calma, mas com tanta personalidade quanto. A música descreve com exatidão quem é Light Yagami: um sujeito que não medirá esforços para atingir seus objetivos. Não importa os meios, nada ou ninguém o impedirá de colocar o seu sonho em prática.

Quando era mais jovem, a estética da animação e o J-Rock eram o que mais me chamavam atenção no encerramento. E como vocês puderam observar, ainda gosto desses dois elementos. Porém, confesso que o clipe ganhou ainda mais pontos comigo quando notei que ele, através da música e da animação, ressaltava o lado monstruoso do protagonista.

Opções que Ficaram de Fora: a existência de Zetsubou Billy (2º ENC) em nenhum momento ameaçou a minha preferência por Alumina.


7°) The Fourth Avenue Cafe (Samurai X/Rurouni Kenshin)

Kenshin ainda não encontrou o Cafe localizado na Quarta Avenida de Kyoto.
[Imagem 9: Reprodução/Nobuhiro Watsuki/Studio Gallop]

Desde a primeira vez que assisti Samurai X (Rurouni Kenshin), os seus encerramentos me chamaram muito mais atenção do que as suas aberturas. Claro que as canções tiveram papel fundamental nisso. Heart of Sword, por exemplo, foi a primeira música de anime que baixei o mp3 adquiri no finado Kaaza. Contudo, a minha escolha para esta lista não é o terceiro encerramento (no qual a canção é tema), mas sim The Fourth Avenue Cafe, o quarto encerramento.

A edição deste clipe me agrada demais. Seja em suas cenas exclusivas ou em trechos reaproveitados dos episódios, todos os seus segmentos se encaixam com muita naturalidade no timming da música. Não sou fã de reusos de animação, mas tenho que admitir que os melhores momentos ocorrem justamente quando revemos flashes das lutas de Kenshin contra Saito e contra Chou. Embaladas pelo tema da banda L'Arc~en~Ciel, elas ficaram incríveis.

The Fourth Avenue Cafe é uma canção bem mais contida que Heart of Sword, mas é bem gostosa de escutar. Ao contrário do que o título nos faz pensar, ela não fala de uma “Cafeteria na Quarta Avenida”, mas sobre uma pessoa que se despede de um lugar onde permaneceu durante algum tempo, deixando boas memórias e uma paixão. Se considerarmos que este clipe começa a ser exibido no início da Saga Shishio, a escolha da música foi cirúrgica.

É válido acrescentar que estamos falando de uma animação de 2 minutos, algo pouco usual para um encerramento.

O que o estúdio Gallop fez aqui é digno de aplausos.

Opções que Ficaram de Fora: além de Heart of Sword, 1/3 no Junjou na Kanjou (6º ENC) foi outro encerramento que me gerou dúvidas na cabeça durante a elaboração deste texto.

Gosto também de Tactics (1º ENC), Dame (7º ENC) e It's Gonna Rain (5º ENC), mas considero que estão numa prateleira abaixo das demais.

Namida wa Shitte iru (2º ENC) é o único que acho bem chatinho.


6°) Homework ga Owaranai (Yu Yu Hakusho)

Yusuke Urameshi, detetive espiritual com muito estilo.
[Imagem 10: Reprodução/Yoshihiro Togashi/Studio Pierrot]

Yu Yu Hakusho é considerado pelos fãs brasileiros como uma das obras com as melhores adaptações de suas canções para o português. Eu assino embaixo nesta questão, tanto que em meu artigo sobre as melhores adaptações de animesongs para o português (será que merece uma parte II?), as seis canções do anime estão presentes na lista.

Homework ga Owaranai não ocupa a posição mais alta entre os temas de “Yu Yu” daquela lista, mas é o encerramento que mais gosto. Sendo o primeiro da animação, ele é estiloso da primeira até a última cena. Sério, a sequência inicial com o quarteto em meio a um festival de luzes é muito maneira. Ela é seguida por vários takes muito bons (Yusuke carregando aquele porrete é show demais) que te deixam na ânsia pelo próximo episódio.

Interpretada pela cantora Matsuko Mawatari, a canção tema é vibrante, daquelas que te fazem estalar os dedos enquanto acompanha a melodia. Quanto à letra, ela descreve uma pessoa que deixa para lá os “intermináveis deveres de casa” para correr atrás dos seus sonhos. É uma ideia que encaixa na personalidade de Urameshi (um delinquente que não quer saber de colégio). E claro, o seu ritmo combina demais com as cenas dos créditos finais.

A versão brasileira é cantada por Luigi Carneiro. Não é tão fiel ao original, o que não interfere na ótima qualidade da adaptação.

Opções que Ficaram de Fora: Unbalanced Kiss (3º ENC) foi mais uma escolha que permeou durante a elaboração deste artigo. No final das contas, o conjunto da obra acabou favorecendo o primeiro encerramento.

Daydream Generation (5º ENC) e Sayonara Bye Bye (2º ENC) são dois bons encerramentos. Gosto da adaptação brasileira do tema de Taiyou ga Mata Kagayaku Toki (4º ENC) mas não do clipe em si.


5º) Tobira no Mukou e (Fullmetal Alchemist)

Winry, Edward e Alphonse. Memórias de um tempo mais simples.
[Imagem 11: Reprodução/Hiromu Arakawa/Studio Bones]

Se compararmos aberturas e encerramentos, Fullmetal Alchemist Brotherhood é, ao menos no meu humilde ponto de vista, superior à primeira adaptação do mangá de Hiromu Arakawa, realizada pelo estúdio Bones em 2003. O que não significa que as sequências de introdução e de créditos finais presentes nesta versão sejam ruins. De fato, há joias extremamente brilhantes “escondidas” neste primeiro e ofuscado anime.

O segundo encerramento, Tobira no Mukou e, é uma dessas preciosidades. Grande parte de sua duração consiste em Winry Rockbell lembrando os momentos agradáveis que passou ao lado dos irmãos Elric. As lembranças são apresentadas como fotos dentro de um rolo de filme. As memórias de uma vida mais simples logo são interrompidas com o filme se desintegrando e com o doloroso presente de Edward e Alphonse vindo à tona.

Interpretado pelo trio do Yellow Generation, a melodia varia de tom indo da ternura (as lembranças da jovem Rockbell) à melancolia (Ed e Al contemplando a fria paisagem). A letra fala sobre pessoas em uma jornada que não sabem se obterão êxito, mas elas precisam continuar, mesmo que as pernas doam, o vento atrapalhe e a incerteza apareça. Praticamente uma descrição literal da aventura de Ed e Al.

É um ótimo encerramento, esquecido pelos fãs por conta da sombra que Brotherhood criou sobre esta adaptação. E para a minha alegria, ela não só começa a tocar nos momentos finais dos episódios como também é melancólica.

Sucesso demais!!!

Opções que Ficaram de Fora: Kesenai Tsumi (1º ENC) e I Will (4º ENC) são bons encerramentos.

Motherland (3º ENC) não me agrada.


4º) Life Goes On (Mobile Suit Gundam Seed Destiny)

"Destiny" cometeu um crime imperdoável ao arruinar o relacionamento desses dois.
[Imagem 12: Reprodução/Chiaki Morosawa/Sunrise]

Gundam Seed Destiny é uma bosta muito ruim. Frustrante do início ao fim, é um tapa na cara de todos que gostaram do anime original. A queda de qualidade é tão gritante que chega ser surpreendente que a animação consiga entregar aberturas e encerramentos tão incríveis como é o caso de Life Goes On.

Segundo encerramento de “Destiny”, ele segue a fórmula de apresentar todos os personagens presentes na trama, enquanto no fundo temos o vislumbre de alguns Gundans do enredo. Em cada canto temos duas fileiras se movimentando em sentidos opostos, promovendo encontros entre vários personagens (Athrun com Cagali, Ramius com Mu La Flaga mascarado Neo, Yzak com Dearka) até finalizar com Kira e Lacus.

Se em termos de animação o encerramento faz o “feijão com arroz”, ele brilha mesmo em sua canção tema. Composta e cantada por Mika Arisaka, a música é simplesmente sensacional. Ela descreve uma pessoa que precisa seguir em frente mesmo diante de uma grande tristeza. A letra casa perfeitamente com o insuportável Shinn Asuka, um garoto traumatizado com a perda da família durante a invasão a Orb em “Seed”. A interpretação de Arisaka torna a música uma verdadeira potência cheia de sentimento.

Life Goes On tem tudo que eu gosto em um encerramento. Seu tema começa nos momentos finais do capítulo e o seu tom é melancólico. Além desses dois números em “meu bingo”, ele marca pontos extras por conta de sua bela canção, que é responsável por 90% da graça deste clipe.

Opções que Ficaram de Fora: Kimi wa Boku ni Niteiru (4ª ENC) e Reason (1ª ENC) são ótimos encerramentos. I Wanna Go To A Place... (3ª ENC) é bonitinha, mas fica em último lugar na minha preferência.


3º) Shinjitsu no Uta (Inuyasha)

Inuyasha fazendo propaganda da L'Oréal Paris.
[Imagem 13: Reprodução/Rumiko Takahashi/Sunrise]

Nadarei contra a corrente mais uma vez neste artigo. Sei que a maioria dos fãs de Inuyasha preferem Fukai Mori, o segundo encerramento. E vejam bem, acho ele ótimo (está no meu Top 3 pessoal do anime), mas não tem para mim o mesmo peso de Shinjitsu no Uta.

Através de várias sequências, o quinto encerramento mostra a jornada de três grupos de personagens (Kagome, Sesshomaru e Kikyo) pelo Japão Feudal, dando destaque para a jornada pessoal de Inuyasha. Se tornar um Yokai completo ou não? Kagome ou Kikyo? Além de impedir Naraku, ele precisa tomar uma decisão frente a questões que o fazem afundar em um mar de dúvidas.

Shinjitsu no Uta não é a música mais melancólica entre os temas de encerramento do anime, mas gosto demais como a banda Do As Infitiny traz um sentimento de paz para a tristeza presente nesta canção. A letra fala sobre alguém lidando com suas inseguranças. Tal qual o Meio Yokai, o “eu lírico” está afundando em um mar de incertezas, temendo perder coisas que lhe são importantes.

Assim como vários temas de Inuyasha, a versão brasileira deste tema está presente no meu artigo sobre animesongs em português. Cantada pela inspiradíssima Sônia Santhelmo, a adaptação vai para um lado mais romântico embora possua pontos em comum com a letra original.

Opções que Ficaram de Fora: além de Shinjitsu no Uta e Fukai Mori, meu top 3 do anime é composto por Dearest (3º ENC), encerramento que conta com uma das melhores adaptações de canção de anime para o português. Só não entrou nesta lista porque não curto a versão original do tema.

My Will (1º ENC) e Every Heart (4º ENC) são bons encerramentos que estão numa prateleira abaixo dos citados. Itazurana Kiss (6º ENC) tenho um bloqueio por conta da bizarríssima versão brasileira.

As demais confesso que não tenho uma opinião formada.


2º) Prototype (Mobile Suit Gundam OO)

Encerramento mais marcante que a série? Temos aqui.
[Imagem 14: Reprodução/Sunrise]

Entre todas as séries citadas por aqui, Mobile Suit Gundam OO foi certamente a que menos me marcou. Não que ele não tenha me entretido, mas olhando hoje vejo que tenho pouquíssimas lembranças sobre o que acontece nele. Sendo bem honesto, o fato mais marcante de “OO” para mim foi justamente o seu terceiro encerramento, Prototype.

Assim como no anime, a qualidade de animação no clipe é padrão Sunrise em seu melhor. Focado nos quatro pilotos Gundam, aborda as trágicas motivações que levaram cada um a tornar-se um membro da Celestial Being sim, precisei pesquisar este nome. O tom, inicialmente melancólico, aos poucos ganha contornos de esperança quando vemos Setsuna e os demais desapegando de seus passados para lutar por um futuro melhor.

A canção descreve uma criança que se viu obrigada a virar um soldado. Com sua inocência sendo transformada em arma, sua luta tem grandes possibilidades de não se tornar uma história conhecida. A letra encaixa muito bem no perfil de Setsuna, um rapaz que teve a infância usurpada pela guerra. A grande interpretação da cantora Chiaki Ishikawa (vocalista do See-Saw) torna esta música ainda mais intensa e poderosa.

Prototype é um encerramento do jeitinho que eu curto. Ele é melancólico, seu tema começa durante os momentos finais do capítulo e ainda tem uma canção digna de fazer parte de uma playlist.

Opções que Ficaram de Fora: como não lembrava dos outros encerramentos do anime, fui atrás para me recordar. E bem, ... com exceção de Trust You (4º ENC), que é bacaninha, não vi muita graça nem em Wana (1º ENC) nem em Friends (2º ENC).

É..., fazer o que.


1º) Ray of Light (Fullmetal Alchemist Brotherhood)

Este frame do encerramento é para emoldurar e colocar na parede.
[Imagem 15: Reprodução/Hiromu Arakawa/Studio Bones]

Se há pouco mencionei que as aberturas e encerramentos de Fullmetal Alchemist Brotherhood são superiores ao da primeira adaptação, seria no mínimo contraditório se não trouxesse um exemplar para compor esta lista.

Quinto e último encerramento da animação, Ray of Light cumpre dois papeis. Ao mesmo tempo que se apresenta como um recorte da jornada de Van Hohenheim, ele é uma carta de despedida do anime aos seus fãs. A edição das cenas com a música tema torna o clipe extremamente emocional. O momento do refrão com aquela sequência do círculo de transmutação sob o planeta é de arrepiar.

Com Shoko Nakagawa no vocal, a interpretação da cantora traz muito sentimentalismo e uma sensação de paz. A canção descreve o sentimento de remorso de uma pessoa que perdeu alguém muito importante. A culpa por não ter conseguido evitar o pior é algo que encaixa bem ao personagem de Hohenheim, um homem que não pode fazer nada nem pelos seus compatriotas, nem pela sua esposa e nem pelos seus filhos. Se nos basearmos nas últimas cenas, a ideia do tema também encaixa no próprio Edward Elric com relação ao seu irmão.

Desde a segunda vez que assisti “Brotherhood”, não existiu uma única vez que não fiquei emocionado ao rever Ray of Light. Extremamente sentimental e embalado por uma incrível canção, este é um dos meus encerramentos de anime favoritos da vida.

Opções que Ficaram de Fora: gosto de todos os preteridos. Atualmente a minha preferência segue esta ordem: Uso (1º ENC), Shunkan Sentimental (4º ENC), Let it out (2º ENC) e Tsunai Da Te (3º ENC).


E o Hour Concur vai para...

"Oh well...Whatever happens, happens."
[Imagem 16: Reprodução/Shinichiro Watanabe/Sunrise]

...The Real Folk Blues (Cowboy Bebop)

Simplesmente uma obra-prima vinda de outra.

Já achava The Real Folk Blues excelente muito antes de assistir Cowboy Bebop por completo. Além de uma canção espetacular, o encerramento passa aquela atmosfera melancólica que tanto prezo. Após assistir o anime (algo que só fui fazer este ano, acreditem!!!), este clipe subiu ainda mais em meu conceito.

Quando o assistimos pela primeira vez, a primeira impressão é que Spike Spiegel está relembrando uma desilusão amorosa. Quando a série chega nos finalmentes, percebemos que a animação estava nos contando desde o início um dos pontos chave do background do protagonista: o triângulo amoroso entre ele, Julia e Vicious. E considerando as poucas imagens que temos do passado do caçador de recompensas durante o anime, o clipe ainda serve como um complemento para a trama.

Este conto da vida de Spike pré-Bebop é contado através de fotos. Sob um filtro azulado e acompanhado pela fantástica canção da banda Seatbelts (liderada por Yoko Kanno, compositora responsável pela trilha sonora da série), o encerramento entrega a vibe depressiva que aquela história necessita. A letra descreve alguém que está preso a um amor do passado, uma ferida que o impede de seguir em frente. Nem preciso dizer que esta música encaixa como uma luva em nosso personagem principal.

The Real Folks Blues é um encerramento que une animação e canção de uma forma magistral. Pular este clipe, mais do nunca, é um crime contra o bom senso.


E o Meia Boca de hoje vai para...

Clichê de Encerramento Nº 78: Personagens acompanhando o pôr do sol.
[Imagem 17: Reprodução/Tite Kubo/Studio Pierrot]

...Daidai (Bleach)

Bleach por muito pouco não teve um encerramento na minha lista principal. Se tivesse montado uma lista com dezesseis nomes, era quase certo que a opção em questão estaria entre os selecionados.

Mas vejam pelo lado bom, meus caros fãs de Kurasaki Ichigo & cia, o anime conseguiu seu espaço neste artigo através de Daidai, o décimo segundo encerramento da animação e representante da posição Meia Boca deste NerdTop.

Creio que perdi dois dos cinco leitores que ainda insistiam em acompanhar este blog...

Falando sério, eu não detesto este encerramento. Vamos lá, colocar a Orihime, na ocasião prisioneira em Las Noches, lembrando dos dias felizes com os amigos no colégio é um tema bacana para um clipe. Considerando que o tema central da canção é arrependimento, podemos entender que a ideia do encerramento é mostrar que a garota se arrepende de não ter aproveitado mais os bons tempos como uma estudante comum. E assim, isso também é algo bem legal.

O grande problema da música é a banda Chatmonchy. A vocalista é tão estridente em sua interpretação que a canção soa desafinada em diversas ocasiões. E para uma pessoa que vê a música como elemento fundamental, é praticamente impossível entrar na vibe que o clipe quer me passar.

Sinceramente, se é para ver um encerramento com os personagens de Bleach apreciando um belo pôr-do-sol, prefiro assistir Life (5º ENC) em looping. A animação é melhor, tem muito mais personagens e ainda conta a cantora Yui a frente do tema.

Fica a dica.

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Bem pessoal, este foi mais um artigo da coluna NerdTop.

Fazia muito tempo que não escrevia um texto gigante. Foi bem trabalhoso (quase dois meses de labuta), mas muito prazeroso escrever sobre este tema. Além de revisitar encerramentos que gosto bastante e falar sobre suas músicas (preciso escrever mais sobre isso), pude notar detalhes que nunca havia parado para prestar atenção. Conteúdo para uma sequência tenho de sobra.

Gostaria de agradecer a meu irmão André e a minha esposa Ariane por ajudarem na revisão deste texto. Também gostaria de fazer o mesmo para minha cunhada Juliana e para meu grande amigo Geovani por ajudarem a validar algumas ideias. Se este artigo tem o mínimo de qualidade é porque tive ajuda de todos vocês.

Mas e aí, gostaram do texto? Desejam ajudar com alguma referência não citada, corrigir alguma informação equivocada, expor uma visão sobre algum encerramento que não enxerguei ou simplesmente me xingar por não ter citado Roundabout de JoJo’s Bizzare Adventure entre as minhas escolhas?

Lembro a todos que a nossa área de comentários é o local onde vocês podem participar da discussão apresentada no texto. Não só gosto de lê-los como também costumo sempre respondê-los.

Bora lá trocar uma ideia?!

Sintam-se à vontade para compartilhar o link deste artigo com seus amigos, familiares, colegas de trabalho, amantes, inimigos mortais, enfim... com pessoas que se interessarão pelo conteúdo. Acreditem meus caros leitores, a participação de vocês é o que move a existência deste blog. 😉

Um grande abraço e até a próxima!

OBS: pretendia citar dois encerramentos na posição Hour Concur, mas decidi guardar um deles para a sequência deste tema.

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