[NerdFacts] William Friedkin, Comboio do Medo e...Star Wars?!

[Vitrine: Divulgação/Universal Pictures/20th Century Studios]

Algumas semanas atrás, em um momento de pura procrastinação no Instagram, deparei-me com uma postagem do Roberto Sadovski (ex-editor da Revista Set, crítico de cinema e participante do canal Os Quatro Fantásticos) que me chamou muita atenção. A imagem era um pôster de um filme em que um caminhão se equilibrava sobre uma ponte suspensa. Se a imagem já foi o suficiente para chamar a atenção, o meu interesse aumentou quando vi na descrição do post os nomes de Roy Scheider e William Friedkin.

O filme em questão era O Comboio do Medo (Sorcerer, 1977).

Instantes depois, lá estava eu pesquisando sobre o longa-metragem, conferindo informações sobre a trama, elenco e algumas críticas. Eis que nesta pesquisa encontrei alguns relatos bem curiosos sobre os bastidores da produção. Quanto mais eu lia, mais potencial via de explorar o assunto em um artigo.

Empolgado com a ideia, acessei o site do JustWatch para ver em qual serviço de streaming estaria presente. E, bem, achei Little Nicky: Um Diabo Diferente (Little Nicky, 2000) mas nada de ‘Comboio de Medo’. Com esse belo balde de água fria, optei por colocar o texto em “modo de espera”. Mas as coisas mudaram dias depois com a notícia do falecimento de William Friedkin, aos 87 anos. O texto seria uma bela oportunidade de homenageá-lo pelas grandes contribuições feitas com a sétima arte. De ânimo renovado, fui até uma “loja de torresmos” em busca do longa. Para minha felicidade, finalmente o encontrei!

Bem meus caros leitores, antes de discorrermos sobre as confusões envolvendo a obra, é preciso contextualizar alguns detalhes. E claro, este artigo é dedicado à memória de William Friedkin.


A Nova Hollywood e William Friedkin

Friedkin durante as filmagens de uma de suas pedradas 'Operação França'.
[Imagem 1: Reprodução/20th Century Studios]

As décadas de 50 e 60 não foram fáceis para o cinema norte-americano. O Anti-Trust Act de 1948, lei do governo que proibiu os estúdios de atuarem na exibição dos filmes, foi um golpe duríssimo no poderio dessas corporações, afetando-os financeiramente e os forçando a encontrar novos paradigmas para a produção de seus filmes. Em paralelo, houve ainda a popularização da televisão, mais um meio de entretenimento para a população com que o cinema precisou dividir as atenções. Esses dois fatores foram determinantes para sepultar a Era de Ouro de Hollywood.

A sorte começou a mudar no final da década de 60. O lançamento Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, 1967) e A Primeira Noite de um Homem (The Graduate, 1967) representaram, de maneira simbólica, o nascimento de um novo movimento cinematográfico. Com as fortes influências do cinema europeu (em especial de nomes como François Truffaut, Federicio Fellini, Ingmar Bergman) e asiático (com Akira Kurosawa como principal representante), a abordagem de temas tabus e a quebra das técnicas narrativas tradicionais que perduravam na indústria, as produções da Nova Hollywood reconquistaram a atenção do grande público.

Ao privilegiar a visão autoral de seus cineastas, o movimento foi também um grande celeiro para o surgimento de novos diretores. Foi neste período que surgiram nomes como Steven Spielberg, Martin Scorcese, Francis Ford Coppola, George Lucas, Brian De Palma, Michael Cimino, Peter Bogdanovich, Paul Schrader, John Carpenter e, claro, o homem que dá nome a este artigo, William Friedkin.

Natural de Chicago, Friedkin vinha de uma origem humilde. Enquanto sua mãe ganhava a vida como enfermeira, seu pai chegou a trabalhar como marinheiro mercante, jogador semiprofissional de softball e vendedor de roupas. Durante a juventude, foi um jogador de basquete com talento suficiente para se tornar profissional, mas tudo mudou quando ele arranjou um emprego na correspondência de uma estação de TV local, assim que terminou o colégio. Aos 18 anos, já estava dirigindo o seu primeiro programa o cara era “bão” mesmo.

Após mais de uma década dedicada à televisão - entre seus trabalhos no período, é preciso ressaltar o documentário O Povo vs. Paul Crump (The People vs. Paul Crump, 1962) que salvou a vida de um homem no corredor da morte injustamente condenado por latrocínio – o diretor fez a sua transição para o cinema em 1967, com o musical Good Times. Embora o lançamento aconteça no ano que marca o início da Nova Hollywood, não foi esse e muito menos os três trabalhos seguintes – Feliz Aniversário (The Birthday Party, 1968), Quando o Strip-Tease Começou (The Night They Raided Minsky's, 1968) e Os Rapazes da Banda (The Boys in the Band, 1970) - que o colocaram como um dos grandes nomes do movimento.

Sua ascensão ao estrelato aconteceria na década seguinte com Operação França (The French Connection, 1971). Em um thriller que mostra a brutalidade policial e um protagonista de moral questionável, o cineasta não só quebrou o paradigma das tramas policiais da época como também entregou uma das melhores cenas de perseguição da história do cinema. Tal mérito foi reconhecido na cerimônia do Oscar de 1972, onde o longa faturou cinco dos oito prêmios que concorria, com Friedkin se consagrando com prêmio de Melhor Diretor.

Dois anos depois, mais uma jogada de mestre, dessa vez com o filme O Exorcista (The Exorcist, 1973). O cineasta não poupou esforços para criar uma experiência de horror que chocasse os espectadores. As reações do público (muita gente passou mal ou se revoltou) com as ações da jovem Regan (que incluem jato de vômito verde, giro de 180º com a cabeça, violência contra a mãe e outras profanações) serviu de propaganda para a produção, fazendo com que as pessoas encarassem filas e mais filas para assistirem ao filme de horror mais assustador daquele ano. No ano seguinte, o longa venceu dois dos oito prêmios indicados pela Academia.

Indicado mais uma vez como diretor, desta vez William não levou o prêmio para casa. Mas pouco importa. Ele era um dos grandes nomes da Nova Hollywood graças aos seus dois trabalhos mais recentes.


Uma Filmagem Infernal

Em uma realidade paralela, esta seria uma foto de bastidores da versão cinematográfica de Carga Pesada.
[Imagem 2: Reprodução/Everett Collection Inc/Alamy Stock Photo]

Após revolucionar o cinema policial e o de horror, William Friedkin estava na crista da onda da indústria. Com um contrato da Universal Studios em mãos, ele decidiu que seu próximo trabalho seria uma refilmagem de O Salário do Medo (Le Salaire de la peur, 1953), um thriller franco-italiano dirigido por Henri-Georges Clouzot, no qual quatro homens aceitam uma proposta de petroleira de conduzir dois caminhões com explosivos pelas perigosas estradas da América do Sul.

Em parceria com Walon Green, o roteirista responsável pelo clássico Meu Ódio Será sua Herança (The Wild Bunch, 1969), Friedkin levou quatro meses para escrever o roteiro. No texto ele impôs duas mudanças bem significativas. Enquanto no original os protagonistas eram pessoas decentes, em sua versão eles são canalhas de moral duvidosa. A segunda alteração foi no título, o qual ele optou pelo nome “Sorcerer” (feiticeiro em português). Ele via este termo como uma metáfora onde “O feiticeiro é um mago maligno que faz às vezes do destino. No caso daqueles homens, o destino estava completamente fora de seu controle”.

A real é que isso foi uma desculpa para justificar uma palavra que ele adorou. Segundo uma matéria do Telegraph, a inspiração veio de um álbum de mesmo nome do trompetista Miles David. Já o Joblo menciona que em uma viagem ele viu dois caminhões com os nomes “Lazarus” e “Sorcerer” (isso inclusive foi incorporado ao filme).

O cineasta planejava filmar em cinco locações: Paris (França), Jerusalém (Israel), Elizabeth (Estados Unidos), Veracruz (México) e na floresta próxima do vulcão Cotopaxi (Equador), local pelo qual se encantou. Para o elenco principal, desejava contar com Steve McQueen (o astro mais bem pago da época), Marcello Mastroianni, Lino Ventura e Amidou. McQueen se empolgou com o roteiro, mas por conta de seu casamento com a atriz Ali MacGraw, estava resistente em abandoná-la por semanas. O astro chegou a oferecer duas opções – criar um papel para MacGraw ou torná-la uma produtora associada – mas Friedkin, no alto de sua arrogância, prontamente recusou ambas, o que resultou na desistência do ator.

Com a saída de Steve McQueen, Lino Ventura abortou sua participação. Por problemas pessoais, Marcello Mastroianni decidiu não participar. O diretor procurou por outros grandes nomes - Robert Mitchum, Paul Newman, Kris Kristofferson o irmão gêmeo perdido do Jeff Bridges foram alguns dos sondados –, mas no fim acabou escolhendo Roy Scheider (com quem havia trabalhado em ‘Operação França’), Francisco Rabal e Bruno Cremer para substituir McQueen, Ventura e Mastroianni. A resolução do elenco principal acabou gerando um novo problema: com exceção de Scheider, os demais eram nomes obscuros ao público norte-americano. Lew Wasserman (o cabeça da Universal na época) não estava disposto a gastar milhões em filmagens no Equador com um bando de desconhecidos.

A entrada da Paramount Pictures como um parceiro solucionou o problema dos custos (o estúdio iria dividi-los com a Universal). Entretanto, Charlie Bluhdorn (o chefão da Paramount) “propôs” que as filmagens fossem realizadas na República Dominicana por questões de custos (o país era quase uma subsidiária da Gulf and Western, controladora do estúdio).

Com isso, o cineasta deu adeus a Cotopaxi.

A palavra tensão teve seu significado atualizado após esta sequência.
[Imagem 3: Reprodução/Universal Pictures]

Em comparação a produção, a pré-produção foi um passeio ao parque. Houve problemas em quase todas as locações. Para o prólogo do personagem de Scheider, foram necessários dez dias e sete carros para a obtenção de um resultado satisfatório. Em Jerusalém, um atentado a bomba real aconteceu próximo de onde a equipe estava localizada. No México, um agente federal informou o cineasta que vários membros da produção estavam de posse de entorpecentes, forçando os envolvidos a retornarem imediatamente para os Estados Unidos.

Os maiores problemas ocorreram nas filmagens em meio da selva latino-americana. Tal qual os protagonistas da história, a produção enfrentou uma verdadeira descida ao inferno. Nos exaustivos meses que se passaram, vários membros da equipe foram hospitalizados ou enviados para casa devido à exaustão, exposição ao calor, disenteria amebiana, gangrena ou malária (o próprio diretor acabou contraindo a doença no fim das filmagens).

Friedkin estava obcecado com o seu filme, querendo extrair de cada tomada a melhor cena possível. Somada com as dificuldades impostas pela locação, a sua obsessão gerou ainda mais atrasos no cronograma. A famosa cena da ponte – que ilustra o cartaz do filme – é um perfeito exemplo disso. Com auxílio do designer de produção John Box, uma ponte foi construída sobre o melhor rio que eles encontraram na República Dominicana. Usaram um sistema hidráulico oculto, com suportes de metal e cabos invisíveis para prender os caminhões (permitindo que eles balançassem sem tombar). O projeto levou TRÊS MESES para ser construído e custou 1 milhão de dólares. Contudo, quando a ponte foi finalizada, o período de chuvas acabou e veio uma época de seca.

Os executivos dos estúdios sugeriram que a sequência fosse descartada em prol de algo mais simples. E o que o cineasta fez? Simplesmente ignorou cagou para a sugestão. Com ajuda de Box, eles desmontaram toda a estrutura da ponte e a levaram para o Rio Papaloapan, no México. A ideia parecia promissora já que o Rio era bem semelhante ao anterior... só não contavam que a região também estava EM SECA. Para evitar novos atrasos, a solução foi realizar as filmagens no lugar usando uma série de efeitos mecânicos para criar um rio com correntes violentas em meio a uma tempestade. No fim, toda essa brincadeira custou 3 milhões de dólares a mais no orçamento.

Como vocês devem imaginar, William Friedkin era uma pessoa difícil. O seu temperamento tempestivo lhe rendeu o apelido Hurricane Billy (Furacão Billy em português). O sucesso de ‘Operação França’ e ‘O Exorcista’ o tornou AINDA PIOR, entrando em rota de colisão com vários companheiros de set. Por divergências criativas, mandou embora cinco técnicos de produção. Dick Bush, o diretor de fotografia, foi demitido por conta da iluminação nas cenas da floresta (elas ficaram sub-expostas e escuras). Não importava se era dublê, diretor de elenco, transportador de equipamentos ou o tio do café, uma mera crítica ao diretor era recompensada com o olho da rua.

Ele teve problemas até mesmo com o Roy Scheider. Só que ao contrário dos demais, o ator tinha “imunidade” perante seus destemperos já que era o único astro de nome que topou participar de toda aquela loucura.


Havia uma Estrela da Morte no Caminho

"Mr. Friedkin, I have a bad feeling about this."
[Imagem 4: Divulgação/20th Century Fox/Lucasfilm]

Após longos dez meses de trabalho e muita confusão, as filmagens do longa foram encerradas. Em parceria com Bud S. Smith e Robert K. Lambert, Friedkin iniciou o processo de edição que, segundo relatos do próprio, rolou sem qualquer problema. Com a apresentação do primeiro corte, alguns executivos da Universal até tentaram sugerir algumas mudanças, mas o diretor conseguiu garantir a autoria sobre o corte final.

‘Comboio do Medo’ teve seu lançamento agendado para o dia 24 de junho de 1977, em pleno verão norte-americano. Com um orçamento na casa dos 20 milhões de dólares, os estúdios torciam para que o filme conseguisse algo perto dos números do último trabalho do cineasta. Custando 11 milhões, ‘O Exorcista’ faturou impressionantes 193 milhões de dólares. ‘Operação França’ também se saiu muito bem nas bilheterias, faturando 51.7 milhões de dólares e custando apenas 1.8 milhão.

O que ninguém imaginava era que naquele mesmo ano, mais exatamente no dia 25 de maio (um mês antes), chegava aos cinemas uma fantasia espacial assinada por um dos nomes da Nova Hollywood, George Lucas.

Sim meus caros leitores, aquele era o verão da estreia de Star Wars.

Como todos sabemos, a aventura de Luke Skywalker contra as Forças Imperiais se transformou no maior fenômeno cultural da história, trazendo verdadeiras multidões aos cinemas. Se com um concorrente deste quilate a situação já era nada animadora, as coisas ficaram piores com as duras críticas da mídia especializada. No final das contas, ‘Comboio do Medo’ conseguiu apenas 9 milhões de dólares nas bilheterias (nem metade do seu orçamento), tornando-se um grande fracasso comercial.

Enquanto o sucesso de ‘Guerra nas Estrelas’ fortaleceu ainda mais a cultura dos blockbusters de verão, o fracasso de ‘Comboio do Medo’ foi um golpe duríssimo para a Nova Hollywood. As derrocadas de New York, New York (1977), 1941: Uma Guerra Muito Louca (1941, 1979), O Fundo do Coração (One From the Heart, 1981), Muito Riso e Muita Alegria (They All Laughed, 1981) e, especialmente, O Portal do Paraíso (Heaven’s Gate, 1980) sepultaram de vez o movimento.

O fracasso também teve reflexos na carreira de William Friedkin. Abandonado pelos executivos com que trabalhou, ele enfrentou verdadeiras batalhas para financiar seus próximos projetos. E mesmo produzindo com regularidade ao longo dos anos, o cineasta nunca mais teve o mesmo sucesso que vivenciou em seus dois grandes hits.


Mas o filme é ruim?

"Juro que não estou inventando. Meu primo Brody conseguiu mesmo explodir um tubarão branco em Long Island"
[Imagem 5: Reprodução/Universal Pictures]

Creio que esta deve ser a pergunta que todos os meus cinco leitores vocês devem estar fazendo após acompanharem esta história. Sendo bem franco, ‘O Comboio do Medo’ não é ruim... é um puta de FILMAÇO!!

Digo mais: é o melhor filme que vi no ano.

A trama é bastante idêntica ao do thriller de 1953. Por conta de seus atos amorais, um corrupto banqueiro francês (Cremer), um assassino de aluguel mexicano (Rabal), um terrorista muçulmano (Amidou) e um piloto de fuga norte-americano (Scheider) são obrigados a se esconderem em Porvenir, uma comunidade pobre localizada em um país totalitarista fictício da América Latina. Presos em uma realidade miserável, aceitam arriscar suas vidas transportando caixas de nitroglicerina em meio a floresta até uma refinaria de petróleo. A bordo de dois caminhões caindo aos pedaços, eles veem na arriscada missão uma chance para recomeçarem as suas vidas.

A realidade que Friedkin imprime em suas cenas é algo assustador. Sob as suas lentes, a miséria, a corrupção e a falta de perspectivas da população de Porvenir recebem tons documentais, o que torna as sequências no vilarejo uma experiência sufocante. A cena em que mortos no desastre da refinaria são trazidos ao local parece ter saído de um documentário. A vida desesperadora daquele lugar é tão realista que você compra a absurda iniciativa dos protagonistas de conduzirem caminhões cheios de explosivos. É talvez a única oportunidade na vida que eles terão de escapar daquele “purgatório”.

Se a comunidade é o “purgatório”, o caminho até a refinaria é literalmente uma descida rumo ao “inferno”. A esperança inicial aos poucos dá lugar ao desespero. Com uma carga altamente instável, cada novo obstáculo imposto pela floresta testa os limites da sanidade de cada um. E meus amigos, tensão é a palavra-chave durante este ato na selva. A possibilidade de uma tragédia é tão alta que você espera que ela aconteça a qualquer momento. Esse sentimento de angústia é administrado por Friedkin com perfeição, atingindo o seu ápice na famigerada sequência da ponte.

Sério, ainda bem que o diretor ignorou cagou litros para a opinião dos executivos. Esta cena valeu cada centavo dos 4 milhões de dólares gastos. Os efeitos práticos, os ângulos de câmera e a atuação do elenco torna este momento extremamente angustiante (vide a travessia do segundo caminhão) e memorável. Certamente, um dos trabalhos mais primorosos da carreira de William Friedkin.

Mesmo não sendo as primeiras escolhas do cineasta (com exceção de Amidou), o quarteto principal mandou bem demais. Você consegue acreditar no arrependimento de VictorManzon/Serrano (Cremer) ao abandonar a esposa em Paris; no desespero de Nilo (Rabal) ao perceber o tamanho da roubada que se meteu; no medo de Kassem/Martinez (Amidou) a cada situação que precisam enfrentar; e no desgaste físico/mental sofrido por Scanlon/Dominguez (Scheider). Este último, aliás, é o personagem que melhor exemplifica esta jornada. Ele vai do otimismo ao desespero, do desespero à loucura, da loucura até a completa exaustão. Com o longa sendo redescoberto pelo público e a crítica nos últimos anos, é uma pena que o quarteto não teve a chance em vida de ser reconhecido pelo trabalho realizado nesta produção.

Recomendo demais que vocês, meus caros leitores, assistam ‘O Comboio do Medo’. É uma jóia do período mais inventivo do cinema hollywoodiano. Uma pérola que pessoas como eu só tiveram a oportunidade de conhecê-la graças aos esforços do próprio William Friedkin em conseguir os direitos sobre a obra. Se dependesse dos estúdios, o filme continuaria esquecido em um galpão qualquer. É um filme sensacional que teve o GRANDE azar estrear no mesmo ano de Star Wars.

Definitivamente, a força não estava com Friedkin.


Sugestão de Leituras

Como precisei de várias fontes para a elaboração deste artigo, nada mais justo que dar os créditos a todos que me ajudaram com o texto. E como muita coisa acabou ficando de fora, nos links a seguir vocês conseguirão mais informações relevantes sobre os assuntos em questão.

Para escrever sobre a "Era de Ouro de Hollywood", a minha referência foi um texto do Jornalismo Júnior da ECA-USP (no momento a página deles está fora do ar). Para descrever a "Nova Hollywood", usei os textos de Chris Heckmann do Studio Binder e Sammylle Matheus do Feededigno. Com relação a William Friedkin, tomei como fontes a coluna do Sadovski no UOL e as matérias dos seguintes jornalistas: Scott Mendelson do The Wrap, Christi Carras do Los Angeles Times e Matt Zoller Seitz do Vulture.

Sobre a produção de ‘O Comboio do Medo’, o texto de Danilo Areosa do CineSet; Tim Robey do Telegraph; Eric Walkuski do Joblo; Christina Newland da BBC; Travis Wood do Bright Wall/Dark Room; e, um relato do próprio Hurricane Billy para a Variety foram as minhas referências. Por fim, o artigo de Meg Shields do Film School Rejects me ajudou a entender como foi filmada a fantástica sequência da ponte suspensa.


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Enfim meus caros leitores, este foi mais um artigo da coluna "NerdFacts".

Mas e aí, gostaram do texto? Desejam ajudar com alguma referência não citada, corrigir alguma informação equivocada ou simplesmente me xingar por ter citado um filme do Adam Sandler em texto envolvendo um dos grandes diretores do cinema norte-americano?

Lembro a todos que a nossa área de comentários é o local onde vocês podem participar da discussão apresentada no texto. Não só gosto de lê-los como também costumo sempre respondê-los.

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Um grande abraço e até a próxima!

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